sábado, 28 de fevereiro de 2009

Do it!


Fim de mês.

Fim de semana.

Vamos eu e Gilmar para casa da Dri.

Conversamos tanto hoje sobre estar vivo e viver de verdade. Não só respirar. Fazer mesmo.

Taí o texto do Veríssimo para concordar e finalizar meus posts este mês.


"Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você.

Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

(Luis Fernando Veríssimo)

Foi apenas um sonho


Encerrando minha semana cinematográfica,vi Foi apenas um sonho logo após assistir Dúvida. Ainda bem que nesses cinemas tem cafeterias ótimas. Dá pra esperar entre um filme e outro com descontração e cercado de gente interessante...

O novo drama de Sam Mendes (Beleza Americana, Estrada para a perdição) desmonta novamente o doce sonho americano, dessa vez nos idílicos anos 50.

O desejo de ter uma casa com gramado na frente, um carro, vizinhança feliz, bom emprego e donas de casa alegres e conformadas dão vazão a angústia e frustração para o casal April (Kate Winslet ganhadora do Globo de Ouro) e Frank (Leonardo Di Caprio).

Ela uma atriz frustrada, ele preso a um emprego burocrático. Eles tem dois filhos mas o amor de outrora deu lugar a um vazio tão grande que nada consegue suprir. Os dois tentam negar o fim da relação a qualquer custo e chegam a providenciar uma viagem à Paris certos de que tudo estará resolvido quando estiverem longe daquela vida medíocre.

Mas a realidade fará questão de colocá-los com os pés no chão e nada será tão fácil.

E entre enganos, agressões verbais, traições e acusações mútuas tudo se dilui.

O diretor Sam Mendes construiu uma obra sobre como sonhar em excesso pode atrapalhar o cotidiano e negar a própria realidade é negar a si próprio.

Para o casal Weller a verdade vem através de um terceiro personagem John (Michael Shannon indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante) cuja deficiência mental fará com que jogue todas as verdades na cara do casal que insiste em manter tudo embaixo do tapete.

A dupla Winslet e Di Caprio funciona tão bem em cena como na época de Titanic e nos faz até associar esse filme com o que teria acontecido se Jack e Rose tivessem se casado e constituído família. Pelo que é visto em Foi apenas um sonho, o final reservado em Titanic foi melhor mesmo.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Duelo de titãs


Mais uma escolha acertadíssima essa semana ocorreu na quinta-feira.

Fui ao Espaço Unibanco ali na Augusta ver Dúvida. O povo tá descobrindo mesmo aquele cinema e as promoções existentes lá. As filas chegam a dobrar a esquina!!

Como esse filme já está em cartaz pelo menos umas 3 semanas creio eu, foi mais tranquilo.

A trama de Dúvida consegue prender a atenção até o fim num crescente de tensão bem amarrado.

São de arrepiar as cenas de confronto entre Meryl Streep e Philip Seymour Hoffman.

O filme se passa em 1964, um ano depois do assassinato do presidente John F. Kennedy.

Acompanhamos a cruzada do Padre Flynn (Philip Seymour Hoffman indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante) contra as acusações da irmã Aloysius (Meryl Streep indicada ao Oscar de Melhor Atriz) que coloca em dúvida a moral do sacerdote através de uma possível relação dele com um jovem aluno negro da escola.

Os duelos são acirrados e no meio do fogo cruzado está a inocente irmã James (Amy Adams indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante) que se retorna uma espécie de refém e testemunha de algo que ela decididamente não queria.

Muito é mostrado sobre intolerância, falso testemunho, acusação e culpa.

Uma cena crucial é a que envolve a mãe do jovem interpretada por Viola Davis (também indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante) num diálogo com a freira que surpreende e nos deixa com o coração na mão.

Inteligente, o texto nos deixa sempre com a sensação de que estamos do lado certo mesmo que com o decorrer da estória nos sentimos tentado a mudar de lado a cada momento.

No fim, descobrimos que a culpa está sobre todos nós, em nossos julgamentos errados ou em nossas meras impressões. Ninguém é totalmente inocente.

Dormente

Quem já viveu isso consegue enxergar perfeitamente a cena em sua mente, não importa quanto tempo se passou...

"O apaixonado sorri ao contemplar a (pessoa) amada dormindo, sem tocá-la. O corpo de lado, o rosto sobre o travesseiro, os olhos fechados, o suave ressonar, (...) - é uma imagem de paz, de tranquilidade. É um momento de ternura. Há um desejo de acariciá-la, mas a mão se contém; nenhum movimento dele deverá interromper a beleza da cena. Nela, os impulsos sexuais estão proibidos."

(Rubem Alves)

Não tem como esquecer...e não sorrir discretamente ao lembrar.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Milk - De igual para iguais


Encerrando meu feriado de maneira primorosa aliás, assisti Milk - A voz da igualdade logo após O Lutador.

E eu achando que a cidade estava vazia... O cinema estava simplesmente lotado, fila para comprar ingresso, fila para entrar na sala e para tomar um cafezinho. E fila enormes.

Fico até feliz de ver tantas pessoas indo ao cinema ainda mais para ver filmes relevantes como é o caso de Milk.

O filme retrata a vida do ativista Harvey Milk (Sean Penn premiado com o Oscar de Melhor Ator) que até o início da década de 70, era apenas Harvey Bernard Milk, funcionário de uma companhia de investimentos de Nova York. Ao se mudar para o Distrito de Castro, em São Francisco, tomou contato com a contracultura, deixou o cabelo crescer e assumiu a homossexualidade. Foi o primeiro gay a ser eleito supervisor do Condado de São Francisco. Sua trajetória foi interrompida ao ser assassinado por Dan White (Josh Brolin indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante), um adversário político, em 1978.

O diretor Gus Van Sant disse que a trajetória de Milk o ajudou a assumir sua homossexualidade publicamente aos 30 anos. O cineasta famoso por seu filmes de cunho mais intimista como Elephant, Garotos de Programa e Paranoid Park, mostra nessa cinebiografia que continua sensível como sempre, mas sem paternalismo para com seu personagem.

O grande trunfo do filme sem dúvida alguma está na entrega dos atores em dar vida a personagens que existiram e que existem ainda ativos na vida política.

Sean Penn emociona e mostra toda sua força em um papel totalmente diferente de tudo que ele havia feito antes e sua sintonia com James Franco ( de Homem Aranha) é excepcional. James aliás tem um carisma impressionante na tela como Scott Smith, namorado de Harvey Milk. O mesmo não pode ser dito de Diego Luna ( Terminal, E sua mãe também) afetadíssimo e visivelmente desconfortável no papel de um dos namorados de Milk que vieram após o rompimento dele com Scott.

É impressionante a força da estória que Van Sant tem em mãos. O roteiro de Dustin Lance Blank, premiado com o Oscar inclusive, conseguiu ter a dose certa da vida pessoal e política de Milk sem pesar em nenhum dos lados.

Historicamente importante, esse filme é daqueles para lembrar sempre e entender mais sobre como as pessoas ainda que anônimas, conseguiram ser valentes o suficiente para mudar a história de um país para que muitos fossem benefíciados, ainda que muitos gays hoje não valorizem o fato de que se podem andar de mãos dadas na Av Paulista, foi porque lá atrás algumas pessoas foram perseguidas, presas e assassinadas para que um simples ato como esse fosse encarado de forma mais natural.

No final da do filme, eu vi algo que nem me lembro de ter presenciado antes. Aplausos e mais aplausos encerraram a sessão. Emocionante.

O verdadeiro Lutador


Prosseguindo com minha epopéia cinematográfica assisti na segunda feira O Lutador.

Mesmo tendo ficado na balada lá no Santa Sara do sábado para o domingo junto com o Gil, o Nuts, o Déh e o Pablo e ido trabalhar direto na loja de minha irmã, na segunda já estava pronto e descansado para me aventurar sozinho nos cinemas.

E novamente fiz escolhas acertadas. Uma delas foi esse O Lutador.

Randy "The Ram" Robinson (Mickey Rourke indicado ao Oscar de Melhor Ator) é um bem-sucedido pugilista nos anos 80 que é impedido de lutar depois de sofrer um ataque cardíaco. Assim, ele consegue um emprego em um restaurante, tenta afastar a solidão com a stripper Cassidy (Marisa Tomei indicada Melhor Atriz Coadjuvante) e tenta se tornar amigo do filha jovem (Evan Rachel Wood) , mas não consegue resistir a vontade de retornar à antiga carreira, mesmo sabendo que isso oferece riscos a sua saúde.

É impossível não ver esse filme como a própria carreira de Mickey Rourke. Um dos grandes talaentos dos anos 80, Rourke fez filmes memoráveis como Vidas sem rumo e Coração Satânico, esse último acredito que foi o ápice de sua trajetória cinematográfica. Até mesmo 9 semanas e meia de amor com todo aquele apelo de filme publicitário teve seu charme.

As escolhas que vieram depois tanto no cinema (entre elas o equívoco de Orquidea Selvagem) e na sua vida pessoal (como a desastrosa cirurgia nas bochechas que desfirou seu rosto) trataram de afundar o estrelato do ator. Juntou-se ainda escandalos sexuais, inclusive aqui no Brasil, drogas e uma decisão estranhíssima de iniciar uma carreira como lutador de boxe. Deu para sentir o drama, né?

O diretor Darren Aronofsky que sabe como ninguém tratar de temas como esse sobre vidas desesperançadas (vide o fortíssimo Requiém para um sonho), soube extrair o melhor desse grande ator que carrega na expressão as marcas que fizeram dele um bravo lutador. Tal e qual seu carismático personagem. Vida longa à Rourke!!!!!!!!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

People are strange


Dias confusos. Sentimentos bons. Momentos de desgaste.

Outros de esperança. Dias para descansar, pra curtir e pensar,pensar e pensar...

Pessoas voltam, pessoas aparecem, pessoas reaparecem.

Desejo de estar longe, lugares distantes, novos sabores e olhares.

Ajudo quem eu gosto,ouço quem precisa e falo com quem me quer bem.

Surpreendo quem me ama, encanto quem conheço e reforço minha personalidade junto aqueles que não me vêem a muito tempo.

Pessoas são estranhas. Querem atenção mas não dizem a que vieram. Querem coisas interessantes mas não trazem nada de novo.

Querem agenda pronta mas não buscam informação. Amam o calor da recepção mas são incapazes de corresponder com palavras de gentileza.

Frases jogadas. Falta de foco. Acerto de idéias.

Assim tem funcionado e a vida agradece sorridente perante tamanha confusão.

E o feriado teve início...

3 vezes sozinho


Essa última semana mesmo que meio sem querer, voltei a um dos meus hábitos de adolescência: ir ao cinema sozinho!


E confesso que foi uma sensação gostosa. Adoro a companhia dos amigos para curtir um filme, mas ir sozinho também tem seu valor.

Começou com Sexta feira 13 na quarta e na quinta me empolguei e acabei vendo dois ótimos filmes que estava ansioso por ver desde que estreiaram nos cinemas por aqui, O Casamento de Rachel e O Leitor.

O Casamento de Rachel é um drama dirigido por Jonathan Demme (O Silêncio dos Inocentes) com um tom de filme independente. Com imagens capturadas em digital, é todo filmado com câmera na mão. A trilha sonora vem dos músicos, que ensaiam para o tal do casamento que dá nome ao filme, o que ajuda a contribuir com o clima aparentemente informal do longa-metragem. Aparente porque, debaixo de tantas camadas de trivialidade, O Casamento de Rachel é um trabalho repleto de complexidade dramática.

Kym (Anne Hathaway indicada ao Oscar de Melhor Atriz) é uma jovem que utiliza o sarcasmo para conseguir lidar com as tragédias em sua vida: a mais atual é estar internada numa clínica de recuperação para viciados em drogas. Mas ela consegue uma dispensa no final de semana no qual sua irmã, a Rachel (Rosemarie DeWitt) do título, vai se casar. Kym volta para casa e encontra poucas recepções capazes de fugir da rispidez. Quase ninguém aceita muito bem sua presença e o que temos é uma seqüência de situações complicadas e problemas do passado que voltam à tona com a presença da protagonista no painel familiar.

O Leitor acompanha a estória de Michael (David Kross na juventude e Ralph Fiennes na idade adulta) no momento que em ele relembra aquele que, provavelmente, foi o momento definitivo de sua vida - quando seu amor juvenil, uma mulher mais velha chamada Hanna Schmitz (Kate Winslet ganhadora do Oscar de Melhor Atriz), foi presa e julgada pelos nazistas. O que o jovem verá no tribunal é algo que vai de encontro a tudo aquilo em que ele acredita. O filme é delicado e com um tom certo de drama.


O trabalho de Kate Winslet é excepcional e dá a certeza de sua vitória no Oscar.


Belos filmes, ótimas lembranças e um bom recomeço de um antigo e agradável hábito.


Ir ao cinema sempre me fez bem...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sexta-feira 13 - Porque ainda insisto...


Só pode ser nostalgia. A única coisa que me vem a mente para explicar como ainda insisto na franquia de Jason.

Claro que o trailler desse último filme me chamou e muito a atenção , tanto que há meses venho assistido incessantemente para aumentar minha curiosidade. E afinal consegui assistir ontem.

Infelizmente ficou na categoria daqueles que somente o trailler bastava...

Eu gostava muito da série principalmente porque me traz lembranças da adolescência, onde ficava assistindo aos filmes da série no Corujão ou Sessão da Gala na Globo.

E por mais absurdo que pareça, tinha um certo charme aquelas atuações horrorosas com efeitos idem.

Na verdade eu achava mais divertido do que tenebroso. Acredito porque sempre assisti com um olhar crítico e não há um filme da série que resista a uma análise mais profunda.

O único que surpreende ainda é o primeiro mesmo. Todos os outros que vieram depois serviram apenas para encher os bolsos dos produtores.

Enfim, voltando ao filme que estreou agora para ressucitar a série:

Sinceramente achei um bom passatempo, mas nada que ficará na memória de qualquer pessoa.

As qualidades que observei foram os atores que são beeeem melhores que todos os outros filmes da série. Boa fotografia, clima bacana de suspense e pelo fato não deixar as mortes acontecerem com segundos de antecedência uma da outra como era de costume já merece algum mérito.

Se alguém ainda não assistiu ao filme aconselho não ler a partir de agora....rs

As atitudes dos jovens ainda continuam sendo estúpidas, todo o elenco feminino (tirando as mocinhas que não transam, claro) mostram os peitos o tempo inteiro. Para quem gosta de peitos em profusão é um prato cheio. Eu passo a vez...rs

O pecado mortal foi ter tirado aquela musiquinha que TODO mundo associa imediatamente ao velho Jason.

Ele aliás corre e muito atrás de suas vítimas. O que não dá pra engolir é o fato dele preparar armadilhas (!), manter mocinhas prisioneiras (!!) e não enfiar qualquer objeto cortante ou perfurante logo de cara nas vítimas.

Pendurar uma moça enrolada num saco de dormir em cima de uma fogueira não parece algo do estilo Jason de matar. Muito menos deixar escapar alguém que está bem na frente dele para matar outra pessoa. O motivo é explicado depois, mas até aquele momento da cena o motivo não se sustenta.

Confesso que estava esperando sentir medo, mas ainda fico com Viagem Maldita. Aquele sim causa desconforto

O velho Jason como está não assusta. Mas já está faturando muita grana. E isso dará uma vida longa maior ainda ao assassino de Cystal Lake.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Momento branco


Falar que os dias passam rápido é chover no molhado. Mas como é tão verdade isso, não há como deixar de usar essa frase mais do que ultilizada por todo mundo.

A sensação de que o ano começou meio devagar e agora já tá em desabalada carreira. Olha só, já estamos praticamente na semana do Carnaval!

Eu tenho trabalhado um bocado esses dias, daí estar postando pouco. Pela média dos últimos meses, estou em falta.

Acho que também estou na expectativa de que alguma idéia sobre determinado assunto me inunde a mente daí começo a escrever feito doido de novo. Por enquanto fico fuçando o blog de amigos para ver o que anda acontecendo e buscando inspiração.
Dias confusos, sentimentos idem. Idéias abstratas e atos iguais. Ausência de bom senso e presença de não querer. Dificuldade de expressão e facilidade de emoção.
Paro por aqui....

Um momento de branco na mente. Apenas um momento...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Se lembra quando a gente...


... ficava até tarde brincando na rua com os vizinhos sem medo algum?

... esperava ansioso para começar o novo ano letivo só para saber em qual sala e turma iria estudar e com qual professor?

... cantava o Hino Nacional toda semana no pátio da escola antes de entrar na sala de aula?

... tinha na grade escolar Educação Musical, OSPB e Educação Moral e Cívica?

... fazia os trabalhos escolares nas bibliotecas municipais?

Você lembra?

... como era gostoso esperar a mãe terminar de fazer o bolo ou doce e brigar com os irmãos para ver quem ficava com o "fundinho" da panela?

... que qualquer doce que nos parece horrível hoje, estilo Díp´l´ick, suspiros cor de rosa, bolachas com maria mole e afins, eram as maiores guloseimas?

... que durante qualquer pesadelo bastava gritar pelos pais que os sonhos ruins não voltavam mais e nem precisava fazer anáslise para isso?

... que passar as férias na casa dos avós eram momentos esperadíssimos e ainda tinha o previlégio de comer o pão caseiro feito com todo carinho por nossa avó?

... que tomar banho em rios eram quase uma rotina?

... como era divertido acreditar que tinha se tornado um pastor de ovelhas só pelo fato de andar com aqueles bichos pela cidade de lá pra cá, mal dando tempo para os pobres animais pastarem?

Você também se lembra?

... que gravidez na adolescência era considerado algo seríssimo e não um modismo?

... que nas férias escolares o programa sempre incluia assistir ao novo filme dos Trapalhões nos cinemas?

... o máximo de rebeldia era ficar na rua com a turma tomando vinho e entoando canções do Legião Urbana madrugada afora? E que mesmo com as letras sendo longas não esquecíamos uma única estrofe?

... que como quase todo adolescente também tive a idéia de formar uma banda de rock cujas letras sempre eram protestos contra o governo e a invasão da cultura americana?

... que esses sonhos da banda sempre acabavam com brigas dos integrantes e venda dos instrumentos? E que esses mesmos integrantes logo eram seus amigos de novo e tudo era esquecido?

... a ansiedade do primeiro beijo nos fazia suar?

... que a turma da rua jamais se separaria e todas as brigas com o pessoal da rua de baixo sempre tinham a justificativa de que os melhores jogadores de vôlei e futebol sempre eram os que estavam do NOSSO lado?

Você lembra disso?

... de como os amores não correspondidos doíam mais do qualquer coisa na vida porque tinhamos a certeza de que eles eram os únicos e últimos?

... de ter a sensação de que chegou a sua hora?

... de saber que o momento de cuidar de suas próprias contas enfim chegou? E de que não era tão legal assim arcar com as mesmas?

EU lembro.

E sei que todas essas lembranças e muitas outras fazem com que eu seja exatamente como sou.

Alguém com o bom caráter herdado da formação de meus pais, do carinhos dos irmãos e amizades que ficaram guardadas em algum lugar lá no fundo do coração.

Se lembra quando você...(faça a sua lista).

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button


Segunda fomos assistir "O Curioso Caso de Benjamin Button", um dos indicados a melhor filme do ano com 13 indicações no total.
Eu ensaiava ver esse filme desde a estréia pois assisti a entrevista de Brad Pitt e Cate Blanchett e confesso que fiquei impressionado com o carinho deles falando sobre seus personagens. Optei até por não ler muito sobre a estória e deixar que a própria me envolvesse durante a exibição.

Benjamin Button (Brad Pitt, indicado a melhor ator) nasceu em circunstâncias extraordinárias, como ele mesmo define, no dia em que a Primeira Guerra Mundial terminou, em 11 de novembro de 1918. Enquanto as pessoas comemoravam o fim do conflito nas ruas de Nova Orleans, nos EUA, nascia o protagonista desta fábula, sobrevivente de um parto que acabou levando a vida de sua mãe. Mas ele nasce com uma doença: um bebê velho, à beira da morte, que rejuvenesce na medida em que os anos avançam. Desta forma, ele está fadado ver morrer todos que ele ama, numa trama sempre pontuada por nascimentos e mortes. Abandonado pelo pai, Thomas Button (Jason Flemyng), na porta de um asilo, é acolhido por Queenie (Taraji P. Henson, indicada a melhor atriz coadjuvante), que, considerando aquele bebê idoso um milagre de Deus, o acolhe como filho. Acompanhamos a fábula por meio de um diário escrito pelo protagonista, que, no fim de sua vida, foi parar nas mãos de Daisy (Cate Blanchett), o amor de sua vida, que se encontra no leito de morte enquanto o furacão Katrina ameaça destruir Nova Orleans, o que realmente ocorreu em 29 de agosto de 2005.
Incrível que por mais absurda que possa parecer a premissa de um bebê nascer velho, o encantamento, o tom de fábula permeia todo o filme trazendo cenas de sensibilidade extrema e um desejo de colocar no espectador sentimentos bons.
Eu para variar chorei horrores..rs...Fiquei fascinado com o trabalho do diretor David Fincher(indicado a melhor diretor) que até então lembrava somente por Seven, Clube da Luta e Vidas em Jogo, filmes completamente diferentes entre si. Impressionante.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

"Vá, viva e transforme-se! "

"Vá , viva e transforme-se!! - foi com essa frase que a mãe do pequeno Salomão (Sholomo) ordenou que ele seguisse para Israel e assim salvasse sua vida do triste fim que aguardavam todos os refugiados da Etiópia naquele acampamento.


A trajetória de um garoto que sofre preconceito religioso, racial e étnico, se transformou em um dos mais belos filmes que eu assisti ao longo de todos esses anos. Não lembro de ter chorado tanto de emoção, de ter ficado com aquele nó na garganta durante quase toda a projeção do filme.


O final até poderia ter sido diferente, Sholomo, o protagonista da história, talvez se revoltasse com os infortúnios que a vida lhe proporcionou e, ao final, se tornar um terrorista. Mas não, agüentou as chibatadas do tempo e deu uma lição de vida ao se tornar médico para salvar os indivíduos menos afortunados com o destino.
Sholomo não escolheu onde ia nascer, o destino se encarregou de colocá-lo num dos piores lugares do mundo em termos de condições de sobrevivência. Nasceu, negro, pobre, cristão e etíope. Perdeu os irmãos, o pai, e por fim tinha acreditado que a própria mãe o tinha abandonado para viver nas mãos de brancos que testavam sua religiosidade, no caso o judaísmo, durante todo o tempo.
Sua mãe sabia o que estava fazendo ao entregar Sholomo a uma ‘segunda mãe’ para que ele tivesse alguma chance e sair daquele flagelo que assolava milhões na Etiópia. Essa ‘madrasta’, que o levou embora, era da tribo dos Falashas, judeus etíopes que são da linhagem da Rainha de Sabá e, conseqüentemente, tinham lugar garantido em Israel. E foi justamente nas mãos dos judeus, que têm toda um histórico de perseguição, que ele aprendeu o que é o preconceito.
Nesta segunda etapa de sua vida acontece o que ele menos esperava, sua segunda mãe morre, Sholomo fica a deriva e desprotegido numa terra desconhecida, onde agentes do governo israelense caçam falsos Falashas que se infiltram entre os verdadeiros para fugirem da fome que castigava a Etiópia. Ele conhece uma terceira mãe ao ser adotado, conhece também o que é ser diferente, o que é ser negro numa terra de maioria branca. Numa das cenas mais bonitas do filme, sua mãe israelense beija e lambe seu rosto para mostrar a outras pessoas que seu filho não era doente, e sim diferente.
O diretor Radu Mihaileanu demonstra uma grande sensibilidade ao enfocar a busca pela identidade. Talvez Radu tenha se inspirado na própria vida. O diretor saiu quando pequeno da Romênia para morar com seu tio na França. Além dessa busca do Eu, o filme capta os contextos daquela região do globo onde, apenas o fato de admirar um Deus com outro nome, é capaz de causar atritos que muitas vezes acabam em conflito bélico.
E é nesse contexto que Sholomo, já adulto, entra para o exército israelense como médico. Numa das cenas finais Sholomo é questionado por seu superior ao atender uma criança palestina que estava ferida, e que sua função ali era cuidar apenas dos soldados israelenses. “Entende?”, pergunta o seu superior ao final da conversa, mas Sholomo não entende o mundo pelo ângulo da diferença. Ninguém consegue entender até hoje. E a frase de Jesus no começo do texto sobre perdoar o próximo, mesmo quando esses afetam os interesses individuais e coletivos, fica sem sentido num mundo rancoroso e cheio de preconceitos. (Fonte: Luiz Carlos Filho)

O titulo nacional dado ao filme Um Herói de Nosso Tempo não faz jus à beleza dessa jornada de superação e inacreditável emoção contida nas atuações impecáveis de todo o elenco.

Prefira o título original em francês que dá nome a esse post "Vá, Viva e Transforme-se"...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

As coisas simples da vida.

É muito bom acordar bem.Muito bem.

Hoje, sexta-feira, já que acordei com essa sensação aproveito para escrever um pouco aqui.

A semana passou feito um furacão começando com o tão esperado final de semana com família em casa. Foi um prazer imenso ter a casa tão movimentada no último fim de semana, fato esse que ajudou com que o decorrer da semana fosse rápido e repleto de descanso mais do que merecido.

Tanto eu quanto o Gilmar nos demos essa oportunidade de dedicar um tempo as nossas familias já que as férias dos sobrinhos estão acabando daí ficaria complicado deixar isso mais pra frente.

Acompanhar essa fase da vida desses meninos enquanto crianças não tem preço. Há de se ter tempo disponível para eles com certeza.

Ter meu sobrinho, meu irmão, minha mãe hospedados em casa juntamente com a irmã, cunhado e sobrinhos do Gilmar foi uma alegria imensa para ambos. E ainda a visita da Cau, Dri e do Dyego que ficou conosco até o fim do domingo.

Confesso que fiquei exausto com a noite do cachorro quente no sábado. mas foi tão prazeroso ter nosso lar repleto de pessoas que amamos que tudo vira festa em segundos.
E ainda conseguimos tempo para ver "As cinco pessoas que você encontra no céu" no domingo, encontrarmos com a Cau na Comedoria do Sesc Paulista na terça e assistir "Senhores do Crime" na quarta.

Agora os próximos weekends serão para cuidar de outros assuntos.
Que venham!!!!!!!!!!!