sexta-feira, 31 de julho de 2009

Bem-Vindo


Definitivamente minha quinta feira foi muito, muito boa. Alívio constatar isso depois de uns dias turbulentos.

Aproveitando a boa maré aceitei o convite do Eric e fomos assistir "Bem-vindo" filme de Phillipe Loiret. Um filme triste mas que se assiste com prazer justamente pela sensibilidade dada à estória do jovem iraquiano Balil (Firat Ayverdi ) que deseja atravessar o mar e chegar a Inglaterra encontrar sua amada. Ele conta com a ajuda do professor de natação Simon (Vicent Lindon), um homem desiludido após perder a esposa para outro e que vê no jovem a chance de fazer algo para aliviar sua dor pela separação.

Imigração, solidão, preconceito são temas áridos e você assiste o filme sempre com a esperança que em algum momento o conforto virá.

Mas como nem sempre tudo é lindo na vida, a sensação de ser arrastado para o meio do universo solitário desses dois personagens é nítida e quando percebe, lá está você parado, estatelado assim como eles esperando uma boa nova que não chega.

Belíssimas imagens no meio do oceano são usadas para mostrar o quanto somos pequenos perante muitas coisas, entre elas nossos sonhos.

Gostei da idéia do convite ter partido do Eric que me impressionou com o bom gosto por cinema.

Saímos dali e fomos ao Santa Sara onde pudemos escapar do frio que cai sobre São Paulo esses dias.

Alguns carinhos e beijos depois aliviaram a sensação do frio e podemos assim conversar mais a vontade. Levei-o ao metrô e de lá nos despedimos.

Belo fim de noite para uma quinta feira.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Campanha "Não Homofobia"

Vídeo produzido pela agência de publicidade Giacometti para divulgação da Campanha Não Homofobia, uma iniciativa do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT (RJ). Acesse o site www.naohomofobia.com.br e assine o abaixo-assinado pela criminalização da homofobia (PLC/122/06)

terça-feira, 28 de julho de 2009

Dias de Campo Belo


Um final de semana extremamente aborrecido. Não lembro de outro final de semana ter sido como esse. Estava numa insatisfação que não conseguia explicar nem para eu mesmo.

Tempo frio, ora nublado, ora chuvoso só serviu para colaborar com a apatia.

Mas eis que domingo a noite meu fim de semana foi salvo!

Fui como o Gilmar assistir a peça "Dias de Campo Belo" na Vila Zélia onde encontramos com o Edison e mais duas amigas dele. Além da própria Vila ser um lugar incrivel que eu ainda não conhecia, a peça foi apresentada num dos casarões antigos que ainda resistem ao tempo dando um clima mais intimista ao espetáculo.

"Dias de Campo Belo" de William Costa Lima que também atua na peça com Vitor Belíssimo é um retrato do mundo masculino.

As amizades de longa data, as conversas, as risadas e a cumplicidade que os homens conseguem manter ao longo dos anos são mostradas de forma fragmentada fazendo com que quem assista interprete quem são aqueles homens e como se desenvolve a estória de cada um.

Pais, irmãos, avôs, amigos e amantes são papéis que desempenhamos todos os dias.

A parte mais nítida de tudo é o amor que não diz a que veio. Uma das relações que mostra dois amigos que ao longo dos anos prometem um ao outro que sempre estarão juntos, que nada mais importa no mundo além das risadas, das brincadeiras e dos momentos intimos que eles compartilham deixa claro a necessidade de que temos que ter coragem para encarar aquele amor de frente. Tenho comigo que muito gays já passaram por isso. Principalmente os que tiveram uma criação mais severa onde a paixão pelos primeiros amigos era sufocada pelo código de conduta masculina onde homem não chora e não pode gostar de outro.

Os banhos de riacho, as bebedeiras onde tudo se torna desculpa para o toque, o pegar, o abraçar e até o beijar tornou mais aflitivo ver o rumo que a estória daqueles dois homens estava tomando.

Ao longo da vida ainda viriam as mulheres e filhos que acabariam por suforcar mais ainda o desejo cada vez mais forte, mas que sucumbia a falta de coragem e auto-sabotagem.

Saí do espetáculo com uma certa melancolia justamente por me conhecer em vários momentos e lamentar por muitas coisas terem acontecido daquela maneira. A mesma falta de coragem que identifiquei nos personagens representados pelo William Costa Lima e Vitor Belissimo, foi a mesma que me acompanhou durante toda minha adolescencia e boa parte da vida adulta.

Como eles disseram várias vezes a respeito do Baile da Saudade, ele tem motivos para se chamar assim, pois invariavelmente se tornará motivo para se ter saudades.

E muito momentos hoje serão motivos de saudades um dia. Por isso temos que torná-los bons sempre, porque saudade só é boa quando nos remete à bons momentos. Como naqueles dias em Campo Belo...


Espetáculo: Dias de Campo Belo

Texto e Direção: William Costa Lima

Elenco: Vitor Bellissimo e William Costa Lima

Temporada: De 11 de julho a 02 de agosto

Dias/horário: Sábados às 20h e domingos às 19h


Capacidade: 50 lugares.

Aceita somente dinheiro e cheque.

Acesso universal.

Valor do Ingresso: R$ 20,00(inteira) / R$ 10,00(meia)

Classificação indicativa: 12 anos

Duração: 60 min

Mais informações: (11) 8634-2385

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fuck you - Mensagem anti-homofóbica

Este video é uma contribuição de brasileiros para transmitir, com descontração e entretenimento, uma mensagem anti-homofóbica. É também uma resposta a outros similares estrangeiros e brasileiros. A edição foi realizada por Astronauta, aka Bruno Marques ;)
A animação "Piano bar" foi feita exclusivamente para o video e cedida gentilmente por Alessandro Corrêa

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Assuntos mais agradáveis!


Pela primeira vez percebi que cometi um erro aqui no blog. De defender alguma causa utilizando situações onde pessoas "famosas" estão envolvidas. Também esqueci de filtrar comentários que acabam chegando cheio de fúria de fãs confessos.

Achei por bem excluir o post, pois não criei meu blog para servir de palco de discussões e debates. Aliás se lembro bem comecei a escrever como um tipo de terapia particular, para me expressar e falar sobre meu cotidiano.

Então continuarei seguindo assim, sem envolver pessoas que possam me causar aborrecimentos, já que claramente esse não é meu propósito aqui.

Engraçado como a Internet nos expõe seja para o bem ou para o mal. Profissionalmente para mim, tem sido uma ferramenta excelente para exercitar meu lado "escritor" e socialmente também já que amigos incríveis têm surgido através desse espaço.

E assim segue a vida né? Essa semana está começando meio que a trancos e barrancos, mas posso ressaltar pontos maravilhosos que aconteceram.

A visita dos sobrinhos do Gilmar em nossa casa, trouxe uma dinãmica totalmente diferente em nosso dia a dia. Também a chegada do Cleitom que tem tudo para ser a terceira pessoa de nosso lar.

E com mais motivos para se alegrar, escrevi minha primeira matéria para a coluna "Por aí por Raí Pereira" para o site Dolado. Mais feliz do que pinto no lixo, como diz minha mãe...

Segunda feira fui entrevistar o administrador Ricardo Haidi do Maison de La France para outra matéria do site mais pra frente. E encerrando o encontro com o querido Gabriel ali na Casa das Rosas para tomarmos um café e discurtirmos idéias. Fomos ao Centro Cultural Vergueiro e paramos numa padaria para conversarmos e muito. Genial aquele menino.

E as decisões mais complicadas aqui no trabalho estão sendo trabalhadas aqui na minha mente para serem colocadas em prática.

Se estou feliz? Sim, sempre....a vida foi nos dada pra isso né?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Lembre-se : Use camisinha sempre!



Essa informação não podia ficar de fora...Serviço da Ultilidade Pública no Salão de Turismo!

Seja com eles ou com elas (se for o seu caso..)... Use camisinha, sempre!!!!!!!!!!


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Será que temos esse tempo pra perder??


Minha vontade de escrever voltou. Devido a muitas situações nem sempre agradáveis com as quais eu tenho me deparado, fiquei com a mente ocupada demais tentando resolver problemas do cotidiano o que me afastou por uns dias desse meu cantinho.

Engraçado perceber como os assuntos brotam na mente e durante algumas horas caminhando já são suficientes para que o texto fique pronto para ser postado.

Ao passar os olhos rapidamente por uma banca de jornais me deparei com alguns flashes de notícias. Estavam lá coisas como : "Romário é preso por não pagar pensão", "Dado Dolabella faz canção para o filho", "Max (?) e Francine (??) terminam relacionamento" e outros absurdos que me fizeram rir. O complicado foi perceber a quantidade de pessoas que estavam lendo essas notas e discutindo ali mesmo em frente a banca sobre aquilo.

Então aqueles eram os assuntos mais importantes do dia para a maioria das pessoas? Se não eram, foi o que deu a entender. E na loja de eletrodomésticos ao lado da banca, outras tantas pessoas estavam assisitindo aos clipes do Michael Jackson, provavelmente pela milésima vez.

Isso tudo aconteceu em fração de segundos, mas que para mim pareceu um longo tempo perdido.

Curiosamente eu estava com meus fones de ouvido escutando a Nova FM e tocava a maravilhosa canção de Lenine "Paciência". E as frases grudavam na minha mente..."Será que temos esse tempo pra perder? E quem quer saber..a vida é tão rara, tão rara..."

Se o Dado Dolabella fez uma canção para o filho, uma querida amiga minha mandou-me versos lindos da Clarice Lispector e Fernando Pessoa.

Se Romário foi preso por não pagar pensão, eu estou preocupado em correr atrás de minhas próprias contas. E se Max e Fran, que nem lembro mais quem são, estão brigados, eu estou engrenando uma nova relação com o Leonardo.

Fico pasmo como esses assuntos sobre a vida de outras pessoas parecem ser mais importantes do que as vidas de quem discute aquilo.

Eu faço de tudo para sempre prestar atenção em mim e nos que estão a minha volta, pessoas de verdade que são presentes em minha vida. Pessoas que eu gosto e que se importam e torcem por mim.

Para que perder tempo com coisas inúteis? A vida não pára.

Santo Lenine que com aquela canção me fez pensar e recordar de minha viagem a Belo Horizonte, onde essa música ficou gravada na minha memória.

"E o mundo vai girando cada vez mais veloz.. A gente espera do mundo e o mundo espera de nós...Será que é tempo que lhe falta pra perceber? Será que temos esse tempo pra perder? A vida é tão rara, tão rara..."

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Quinta feira Santa!


Eu tenho descoberto que para colocar as coisas no eixo, digo a vida mesmo, tem que parar, pensar, se encarar, se assustar, se encorajar e vários outros "ses".

Como o feriado veio em um dia neutro para mim, já que não tinha marcado nada com alguem, aproveitei para refazer alguns planos e encontrar alguma base onde pudesse me segurar para assim olha para o futuro de forma bem positiva.

Somente dessa forma tudo vai ganhando os contornos necessários e eu vou cada vez mais firme pisando em terrenos desconhecidos.

Com o clima agradável que estava ontem, chamei o Gilmar e fomos ao Santa Sara dançar um pouco e respirar um pouco daquele "ar gay" como o Gil sempre diz. A música vibrante faz com que o corpo corresponda e quando percebo os pensamentos vão no embalo. E no meio de tudo isso, entre canções do Coldplay, luzes piscando e pessoas ao redor, os pensamentos vão se tornando mais claros e lúcidos.

Dá para acreditar como faz bem sair e dançar desse jeito?

Sem entrar no mérito do maravilhoso DJ que já se tornou um querido amigo, além de ser uma delícia de pessoa. Se eu pudesse e meu dinheiro desse, como diz o ditado...

Um ótimo final de feriado com resoluções sendo colocadas em prática. Adoooro!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Instrumentos para refletir


Terça a noite aproveitei um momento mais tranquilo da semana e fui ao Sesc Paulista assistir o Projeto Terça Instrumental.

O flautista e violonista Alexandre Andrés foi a atração da noite.
O músico foi o vencedor da 9ª edição do BDMG Instrumental, faz parte do grupo instrumental Diapasão e atua também como compositor. Lançou, em 2008, o CD Agualuz com 12 músicas autorais em parceria com o letrista Bernando Maranhão. Neste show, ele estava acompanhado de Rodrigo Lana (piano), Gustavo Amaral (baixo e violão), Adriano Goytacá (bateria e marimba de vidro) e Ayran Nicodemo (violino).

Um belo espetáculo com músicos tão talentosos e ainda desconhecidos do grande público.

Esses momentos para estar só e curtir coisas de que gosto têm sido de grande valor e ajuda para mim.

Posso aproveitar para pensar, ouvir uma boa música, conhecer coisas novas e ainda sair para caminhar após o show e agradecer por ter esses momentos.

Como alguns setores da vida estão complicados outros têm que servir como alívio. Justamente para me dar a tranquilidade para resolver o que me atormenta.

Todos precisamos disso...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Te diz algo??

Vale a pena ver até o fim desse vídeo...Diga sempre "Não à Homofobia".

A vida em 4 dias


Depois de alguns dias sem escrever nada, um pouco por conta da falta de tempo outro por estar perdido sem saber o que falar, eis-me aqui.

Em meio a esse turbilhão de coisas que aconteceram em tão poucos dias, me vi renascendo de várias formas e situações.

Como a semana já estava programada para a participação no 4º Salão de Turismo, não sobraria muito tempo para outras atividades, pelo menos era o que eu imaginava...

Fomos ao primeiro dia do evento, eu e Gilmar e nos deparamos com uma certa decepção ao percebermos nitidamente que os rumores sobre a diminuição da verba eram verdadeiros.

Mas ainda assim aproveitamos e curtimos tudo que podemos. Voltei lá na sexta-feira com o Alex, que trabalha comigo aqui na Editora e com meu irmão e sua namorada. Nesse que foi o terceiro dia de evento as coisas já tinham melhorado e deu aquele ânimo que eu tinha visto nos outros anos.

Sábado de manhã foi a vez de levar a Cláudinha e a família de minha irmã. Esse foi o melhor dia do evento sem dúvida. Muita alegria, apresentações culturais por todo o Salão e distribuição de lembranças de todos os Estados participantes. Tiramos fotos lindíssimas também.
Saindo de lá fomos ao Museu da Língua Portuguesa. Eu tinha certeza que meu sobrinho de 6 anos ficaria encantado...

A noite foi a parte mais complicada do fim de semana pois me deparei com assuntos que preciso resolver e que estavam escondidinhos embaixo do tapete.

Encarei a oportunidade de me ouvir naqueles momentos em que o silêncio é necessário. Daí que veio a explosão de sentimentos, fatos e busca urgente por um lugar no mundo.

Fiquei voltando minha mente para várias fases da vida e buscando nelas respostas para situações parecidas que pudessem me esclarecer como fazer de novo o que já experimentei anos atrás.

Domingo acordei ainda nessa ansiedade, mas como para todo mal há um remédio, eis que a visita de minha mãe me proporcionou todo o conforto para um momento daqueles.

Eu já havia prometido passar um dia todo com ela a algum tempo e esse não poderia ter sido melhor escolhido. Saímos para caminhar no Parque da Água Branca e arredores dos bairros Pompéia e Higienópolis onde moro.

Muita conversa, risos, músicas de viola, lembranças e bons momentos juntos. Acho incrivel como as mães têm o dom de saber exatamente aquilo que precisamos ouvir mesmo quando não dizemos nada.

Ela conseguiu dizer tudo que eu precisava ouvir e olha que eu não falei nada do que sentia ou estava passando internamente. Não tem explicação, só sentimentos mesmo.

Após um dia confortável desses ainda me sobrou tempo para assistir o belíssimo filme "Era uma vez" do Breno Silveira com Thiago Martins, Rocco Pitanga, Vitória Frate e Paulo César Grande no elenco.

Terminei a noite encontrando com o Gilmar pós-balada e fomos à Bella Paulista dar aquela relaxada necessária num fim de semana tão agitado quanto complicado.

E a semana está fluindo bem, com novas expectativas no ar e muita disposição para fazer deslanchar todos os projetos pessoais que me comprometi nesses dias de confronto interior.