segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Na vida cada um faz o que sabe.


Dia de comemoração do Natal em sentido prático é quase sempre sinônimo de terminar a ceia que começou ontem e deixar o dia rolar sem nada pra fazer.

Como tive que trabalhar pela manhã aproveitei para descansar um pouco no começo de tarde e me preparei para dar uma volta e ver o que poderia fazer de útil e agradável.

Optei por ir ao Espaço Unibanco na Rua Augusta para ver "O Palhaço" filme dirigido e estrelado por Selton Mello. Uma amiga havia me confidenciado que chorou um bocado e fui na expectativa de me emocionar também.
Na estória os personagens Puro Sangue (Paulo José) e Pangaré (Selton Mello), pai e filho, são os donos do Circo Esperança e lideram uma trupe de artistas pelas estradas do país. Entre os espetáculos, surgem muitas cobranças em cima de Pangaré. Ele está exausto e obcecado pela seguinte ideia: "Eu faço todo mundo rir, mas quem é que vai me fazer rir?"

Confesso que não me recordo em qual cena ou em quais momentos fiquei com os olhos marejados. O encantamento toma conta do filme inteiro e a reflexão que ele proporciona é algo que não dá pra explicar. O personagem de Jackson Antunes em determinado momento do filme diz : "Na vida cada um faz o que sabe. O gato bebe leite, o rato come queijo e você?". Essa frase permeia boa parte do filme e das angústias de Pangaré e causou em mim a mesma inquietação.
Descobrir o que se gosta na vida não é uma tarefa fácil. Fazer o que não gosta também. Em qual momento podemos perceber se fazemos algo por que precisamos ou simplesmente porque não decidimos ainda o que fazer da vida?
Uma das mais lindas cenas deixa bem claro que ao percebermos o quanto amamos aquilo que fazemos contagia o mundo. Conseguimos modificar a maneira com que vemos as pessoas e o mundo ao nosso redor e isso surte um efeito fantástico.
Sai tão contagiado que fiz duas coisas que há muito não fazia. Voltei a pé da Av.Paulista descendo calmamente pela Av.Angélica pensando na vida e nas coisas boas que ela tem e de quebra ainda decidi postar no blog depois de meses em branco.
A inspiração realmente vem da vida. Da nossa e daqueles personagens que só encontramos em filmes sensíveis como "O Palhaço."

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Depois de Tudo

Faltando apenas alguns dias para a 15º Parada do Orgulho LGBT aqui no estado de São Paulo,uma ótima maneira de entender um pouco mais sobre como vive uma boa parte dos gays,lésbicas, travestis e transgêneros é através de documentários e curtas como este.

"Depois de Tudo" de Rafael Saar é um curta ganhador de inúmeros prêmios em diversos festivais conta com Ney Matogrosso e Nildo Parente no elenco.

Depois da despedida, a espera. Depois da espera, a volta. Depois de tudo, o que mais querem é estar juntos e um dia basta para esperarem pelo próximo. Nada como o amor e a maturidade. A rotina tem seu encanto...

Prêmios

Melhor Desenho Sonoro no Close - Festival Nacional de Cinema da Diversidade Sexual 2010
Melhor Ator no Emcurta - Festival Universitário de Curtas-metragens da UNIGRANRIO 2009
Melhor Ator no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2008
Melhor Desenho Sonoro no Festival de Cinema da Diversidade Sexual - For RainBow 2008
Melhor Roteiro no Festival de Cinema da Diversidade Sexual - For RainBow 2008
Melhor Interpretação no Festival Mix Brasil de Cinema e Video da Diversidade Sexual 2008
Melhor Filme Estrangeiro no UNCIPAR - Jornadas Argentinas de Cine y Video Independiente 2010
Melhor direção no Fest ARUANDA do Audiovisual Universitário Brasileiro 2009
Destaque em Construção Narrativa no Festival Brasileiro de Cinema Universitário 2009



segunda-feira, 13 de junho de 2011

Eu não quero voltar sozinho

A sensibilização ainda é o melhor caminho para combater a ignorância e o preconceito.
Esse curta metragem fala sobre AFETIVIDADE, DESCOBERTA e RESPEITO a toda e qualquer diferença.
"Eu não quero voltar sozinho", conta sobre a vida de Leonardo, um adolescente cego, muda completamente com a chegada de um novo aluno em sua escola. Ao mesmo tempo, ele tem que lidar com os ciúmes da amiga Giovana e entender os sentimentos despertados pelo novo amigo Gabriel.

Elenco:
Guilherme Lobo, Tess Amorim, Fabio Audi

Roteiro e Direção:
Daniel Ribeiro
Produção Executiva :
Diana Almeida
Fotografia:
Pierre de Kerchove

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O valor das coisas simples da vida.

Ao acreditar que você já fez tudo o que podia, pense de novo...

Esse curta metragem mostra o cotidiano de Tinho, um catador de caju que descobre a amizade de uma forma inusitada e gratificante.

Com produção de 2009, "Carreto" de Cláudio Marques e Marília Hughes foi ganhador dos seguintes prêmios:

Prêmio Onda Curta no Curta Cinema -Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro 2010
Melhor Curta no Festival de Cinema de Gramado 2010
Melhor Roteiro no Festival de Cinema de Gramado 2010
Melhor Som no Iguacine - Festival de Cinema de Nova Iguaçu 2010

E ainda me fez refletir em plena sexta feira a noite.

Bom filme para você!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Intolerante


Já dei todas as desculpas possíveis tentando justificar meu pouco tempo para escrever aqui.

Elas não colam mais nem para mim, imagine para outras pessoas.

O fato é que o desânimo em relaçao ao cuidado com o blog foi excessivo mesmo.

Acho que de alguns períodos complicados que passei, profissionalmente falando, esse foi um dos mais cruéis. Mas conforme as coisas vão aliviando , o desânimo também passa e consequentemente estou aqui.

Nas duas últimas semanas tenho reparado com crescente preocupação que a minha intolerância, com algumas atitudes de outras pessoas, têm aumentado assustadoramente.

Fico perplexo com a falta de respeito da maioria da população. O pior são essas atitudes serem vistas e interpretadas como algo normal e aceitável.

Vejo pessoas nos transportes públicos destratando pessoas idosas descardamente. Outras ouvindo seus rádios em celulares em alto e bom som em lugares coletivos e sem a menor preocupação se estão sendo incovenientes ou não. O pensamento deles parece ser exatamente aquela frase proferida num ditado "os incomodados que se mudem...".

E olha que já cheguei a fazer isso,sair de um transporte público e aguardar outro tamanha a irritação causada.

Incrível que na maioria das vezes as pessoas tem atitudes mesquinhas por absolutamente nada. Simplesmente pelo pequeno prazer de passar a perna em alguém, ser mais esperto que os outros, ser atendido antes em lugares públicos e por aí vai.

Senso de civilidade para que mesmo??

Seria bem melhor se olhássemos as pessoas tentando nos enxergar nelas, buscando uma maneira de agir de forma mais suave.

Até mesmo em redes sociais tenho reparado que até virtualmente muitas atitudes tão agressivas quanto gratuitas têm se propagado.

Eu vejo tudo de forma tão simples que não entendo a necessidade de passar por cima das outras pessoas. Acredito que se cada um cuidasse melhor de sua vida e construísse melhor as suas relações, uma boa parte desses problemas desapareceriam por completo.

Independente de qualquer coisa vou fazendo a minha parte. Escrevendo aqui já uma contribuição.


domingo, 30 de janeiro de 2011

Um pouco de afeto


Li esse texto algumas semanas atrás e resolvi reproduzi-lo aqui por razões bem particulares.

Acredito que muitas pessoas que conheço pensam da mesma forma e refletir sobre essas palavras pode nos fazer um bem enorme.

Assim como raciocinar, o afeto é algo que faz parte da essência humana. Raciocinar nos leva a conviver em meio à sociedade, consquistar pessoas e alcançar objetivos. O afeto também.

Então, por que não demonstrá-lo mais vezes? Será falta de coragem?

O afeto significa ter amizade, afeição e carinho pelo outro. É deixar clara essa atenção com palavras, gestos e atitudes.No entanto, ao demonstrar afeto nem sempre é fazer exatamente o que o outro espera. Muitas vezes, é permitir que a pessoa vivencie momentos difíceis para, justamente,poder evoluir, crescer e sentir sua própria força interior.

Em outras palavras, é dizer que a ama e permitir que ela caminhe com as próprias pernas.

Os adolescentes nos dão uma bela lição sobre demonstração de afeto. É muito comum vê-los em grupos animados com gestos tais como mãos entrelaçadas, abraços, recebendo ou fazendo um cafuné. Quando questionados por que (ou como conseguem), como muita naturalidade respondem que aquela pessoa é sua amiga.

Já com os adultos, essa relação torna-se mais fria, talvez pelo amadurecimento, ou talvez por levarmos a vida de um jeito sério demais. O receio de não ser afetivo com o próximo (com medo de parecer artificial) pode, às vezes, transformar um simples bate papo com amigos em algo vazio.

Ao ofertar carinho, as demandas da vida ficam fáceis de serem realizadas, portanto, exerça sua condição humana.

Demonstre afeto mais vezes e passe adiante de uma maneira bonita de educar a si e aos outros.

Como disse Paulo Freire, "Não se pode falar de educação sem amor."

(do texto de Teresinha Inácio, psicanalista e terapeuta transpessoal)

Bom para pensar e encerrar o mês de janeiro com um pensamento excelente na memória.