quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Calçando os próprios sapatos.

A importância demasiada à absolutamente tudo que ocorre ao nosso redor é um grande risco.

É compreensível que o desejo de que tudo ou quase tudo, esteja na mais perfeita ordem, é algo inerente a vontade de muitos. Eu pelo menos me incluo nessa categoria.

No decorrer deste ano minha mente não me deixou descansar um só momento. Sempre fervilhando, ora de idéias, ora de memórias, mas sempre me cutucando para ver se as decisões seriam tomadas.

Não sei se exatamente esses pensamentos que me invadiram nesta madrugada têm a ver com ter completado mais um ano de vida no final do mês de agosto. Pode até ser, já que meio que inconscientemente, essa coisa de calendário, datas e anos nos forçam a ver a vida por um filtro em que tudo é compactado em períodos.
Tempo de brincar, tempo de aprender, tempo de ser rebelar, de ser irresponsável e assim os anos vão se passando.

Gosto de usar experiências passadas, memórias boas e ruins para enxergar como estou hoje, quem sou e por quais caminhos cheguei aqui.
Ainda que eu tenha em alguns períodos, calçado os sapatos de outras pessoas, optando por não ser exatamente tudo aquilo que imaginei que eu seria aos 43 anos, o sentimento que tenho agora mesmo é de continuar caminhando em direção com a bagagem que tenho adquirido nos últimos tempos.

Mas desta vez, calçando meus próprios sapatos ou descalço se for necessário...