domingo, 21 de março de 2010

Em boa companhia


Sinceramente, alguma vez você também sentiu-se sozinho mesmo com tantas pessoas ao seu redor?

Não estou falando de estar sozinho, como se fosse algo negativo, afinal é muito bom estar em sua própria companhia em alguns momentos. Ou pelo menos deveria ser.

Comecei a pensar nisso com mais afinco nas últimas semanas. Difícil explicar.

Se dar conta de que seu pensamento não é compatilhado com quase ninguém é algo que chega a causar uma certa frustração.

Saber que você está só quando decide optar por passeios em lugares tranquilos.

Que está só porque não sente tanta falta assim de estar nas baladas do momento.

Está só porque não participa de discussões mesquinhas sobre esse ou aquele assunto que geralmente não tem nada a ver contigo.

Ficar só ainda que na companhia de seus familiares quando começam as discussões sobre absolutamente nada.

Ainda que você tenha milhões de contatos virtuais, os contatos reais são os que importam de fato. Se a distância impede uma aproximação, aí sim consigo entender e dar o devido valor as pessoas com quem converso virtualmente. Agora morando na mesma cidade ou até no mesmo bairro fica complicado entender como não trazer esse contato do virtual pro real.

Sentir-se só porque temos formas diferentes de ver a vida é algo que me intriga.

Gosto de minha companhia, gosto de me ouvir e aprender com meus pensamentos. Assim raramente cometo os mesmo erros e quando os cometo, consigo corrigir a tempo.

Com tantas relações baseadas em interesses e superficialidades, acho justo o preço que preciso pagar para manter-me alheio a situações que julgo desnecessárias.

Sentir-se único ao invés de sentir-se só deve ser a melhor maneira de encarar minhas diferenças em relação ao mundo.

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