sexta-feira, 16 de abril de 2010

As melhores coisas do mundo


Nesta quinta feira , fui ao Espaço Unibanco ali na Av. Augusta ver a pré-estréia de As Melhores Coisas do Mundo, novo filme da diretora Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças, Chega de Saudade). Após a exibição do longa houve um bate papo com a própria diretora, o roteirista Luiz Bolognesi, os jovens atores Francisco Miguez e Gabriela Rocha, o jornalista e educador Gilberto Dimenstein e o psicanalista Contardo Calligaris. Foi uma experiência interessantíssima.

Baseado livremente na série de livros “Mano”, de Gilberto Dimenstein e Heloisa Prieto, o longa metragem acompanha as vidas de alguns adolescentes de um colégio paulista.

Tendo como foco o personagem de Hermano ou Mano (Francisco Miguez) e seus amigos e familiares o filme nos transporta à nossa época de colégio. Dificilmente alguém não se identificará com as situações apresentadas durante a trajetória desses jovens tão reais quanto qualquer um de nós.

Não me lembro de ter pensado sobre o quanto esse período da adolescência é conturbado. Claro que tenho algumas lembranças, mas a parte cruel da convivência escolar eu não me recordava tanto. E como pode ser cruel esse convívio, principalmente nos dias de hoje com fotos tiradas com celulares e blogs explodindo com violência, expondo a intimidade dos jovens de maneira agressiva.

Com todo realismo possível, nos tornamos cúmplices dos personagens e compartilhamos dos momentos de alegria e angústia vivenciado por eles.

Dificuldades familiares, preconceito, amor, sexo, amizade, promessas de felicidade ao lado de quem gostamos, tudo isso misturado num caldeirão prestes a entrar em embulição prende a atenção de quem assiste a esse maravilhoso retrato da juventude em nossos dias.

Confesso que poderia continuar vendo por horas e horas e ainda assim gostaria de saber mais sobre o que aconteceria com aqueles queridos personagens.

O elenco quase que totalmente composto por alunos de alguns colégios paulistanos dão a veracidade necessária para conquistar a empatia de quem assiste.

As presenças de Denise Fraga, Zé Carlos Machado, Caio Blat, Gustavo Machado, Paulo Vilhena e Fiuk são gratas surpresas numa estória encantadora.

Realmente as melhores coisas do mundo começam a ser reconhecidas por nós nessa fase tão conturbada da adolescência.

Não deixe de ver, pois as lembranças podem nos ajudar a entender melhor quem somos hoje e porque nos tornamos nesses adultos meio complicados.

Como diz o personagem Mano: “Não é impossível ser feliz depois que a gente cresce. Só fica mais complicado”.


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