terça-feira, 18 de novembro de 2014

Tudo no seu lugar.



Após quase duas semanas em que finalmente mudei de casa, estou sentindo o sabor da nova rotina.
Mesmo com tanto ainda para fazer, aos poucos tudo vai tomando forma e se encaixando nos seus devidos lugares. Tanto material quanto emocionalmente.

A parte material da coisa toda é apenas a ponta do iceberg. Claro que embalar, eliminar zilhões de coisas que só se percebe quando uma mudança será feita é algo que toma um tempo precioso.

Aliás, este foi um ótimo exercício pois mandei pro lixo tantas coisas que simplesmente não tinham a menor serventia, itens que não faziam o menor sentido de estarem ao meu redor, povoando caixas e mais caixas. Muitos destes itens pertenciam a um período bem distante, em épocas que meus pensamentos eram outros e hoje não me diziam absolutamente nada.

Fiz o que tinha que fazer sem pensar muito. Peguei sacos de lixo e mandei tudo embora. Simples assim.
Depois olhando para o quarto, os espaços livres no guarda roupas e armário, vejo que não fazem a menor falta. Era um exercício que precisava colocar em prática. E nada melhor que uma mudança de residência para colaborar neste processo.

Agora que tudo vai se encaixando, coisas novas estão chegando, ocupando espaços e me ajudando a descobrir o prazer novamente de estabelecer uma nova rotina. Redescobrir anseios e planejar novos caminhos.

As boas atitudes das pessoas ao redor também são uma fonte agradável de energia. Trocam idéias, ajudam as arrumações, providenciam o que for mais urgente e até colaboram com visitinhas e mensagens bacanas.
Agora é cuidar do planejamento para os próximos meses, pois nenhum início é fácil pra ninguém e embora não seja exatamente uma novidade, um reinício também traz suas recompensas...

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Calçando os próprios sapatos.

A importância demasiada à absolutamente tudo que ocorre ao nosso redor é um grande risco.

É compreensível que o desejo de que tudo ou quase tudo, esteja na mais perfeita ordem, é algo inerente a vontade de muitos. Eu pelo menos me incluo nessa categoria.

No decorrer deste ano minha mente não me deixou descansar um só momento. Sempre fervilhando, ora de idéias, ora de memórias, mas sempre me cutucando para ver se as decisões seriam tomadas.

Não sei se exatamente esses pensamentos que me invadiram nesta madrugada têm a ver com ter completado mais um ano de vida no final do mês de agosto. Pode até ser, já que meio que inconscientemente, essa coisa de calendário, datas e anos nos forçam a ver a vida por um filtro em que tudo é compactado em períodos.
Tempo de brincar, tempo de aprender, tempo de ser rebelar, de ser irresponsável e assim os anos vão se passando.

Gosto de usar experiências passadas, memórias boas e ruins para enxergar como estou hoje, quem sou e por quais caminhos cheguei aqui.
Ainda que eu tenha em alguns períodos, calçado os sapatos de outras pessoas, optando por não ser exatamente tudo aquilo que imaginei que eu seria aos 43 anos, o sentimento que tenho agora mesmo é de continuar caminhando em direção com a bagagem que tenho adquirido nos últimos tempos.

Mas desta vez, calçando meus próprios sapatos ou descalço se for necessário...

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Busca Vida


Sabe o que faz bem pra gente?

Muito mais do que receitas de felicidade prontas, vendidas em revistas de $1,99 que você sempre
bate os olhos enquanto espera a fila do supermercado e mais do que as dicas infalíveis de alguma sub celebridade, está em nossas próprias mãos e mente os desejos de que as coisas dêem certo.

Fazer o que gosta vai muito além do fator puramente econômico. Se em algum momento você pode desfrutar do que o dinheiro proporciona, em outros momentos dependerá de outros fatores para a realização de bons momentos.
Acredito que aí valha a pena lançar mão de tudo que estiver ao alcance.
Fazer bem para si não tem nada que pague. Nada que possa substituir a satisfação alcançada por alguns dias ou horas e até mesmo minutos de um sorriso no rosto e calma na mente.

Refleti um bocado sobre isso em alguns dias que me retirei para longe, dias em que estive apenas com minha própria companhia para descobrir novos lugares e também dar ouvidos aos meus sentimentos.
Deixei os pensamentos se formarem para poder relaxar e olhar para os velhos dilemas com uma nova perspectiva. Se funcionou exatamente, só saberei de acordo com as atitudes tomadas daqui pra fente.
Sorri para o mundo e ele me sorriu de volta.

E buscar ouvir o que está gritando dentro da gente,encarar que a vida segue seu rumo e que é necessário estar aberto para seguir junto faz um bem danado!!!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Só por hoje - Decálogo da Serenidade




1- Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver o problema da minha vida, todo de uma vez.

2- Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas minhas maneiras; não criticar ninguém, não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém senão a mim. 

 3- Só por hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz não só no outro mundo, mas também neste.

4- Só por hoje me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se adaptem todas aos meus desejos. 

5- Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da minha alma. 

6- Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém. 

7- Só por hoje farei uma coisa de que não gosto e se for ofendido nos meus sentimentos procurarei que ninguém o saiba. 

8- Só por hoje me farei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo o caso, vou fazê-lo. E me guardarei bem de duas calamidades: a pressa e a indecisão. 

9- Só por hoje ficarei bem firme na fé, de que a Divina Providência se ocupa de mim, mesmo se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o contrário. 

10-Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gozar do que é belo e não terei medo de crer na bondade. Durante doze horas de um dia posso fazer bem o que me desanimaria se pensasse que teria que fazê-lo durante toda a minha vida.

(Decálogo da serenidade – do Papa João XXIII) 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Não apresse o rio, ele corre sozinho!

O rio corre sozinho, vai seguindo seu caminho. 
Não necessita ser empurrado. Pára um pouquinho no remanso. Apressa-se nas cachoeiras. Desliza de mansinho nas baixadas. Precipita-se nas cascatas.  
Mas, no meio de tudo isso vai seguindo seu caminho. Sabe que há um ponto de chegada. Sabe que seu destino é para a frente.
 
O rio não sabe recuar. Seu caminho é seguir em frente.
É vitorioso, abraçando outros rios, vai chegando no mar.
O mar é sua realização.  
É chegar ao ponto final. É ter feito a caminhada. É ter realizado totalmente seu destino. A vida da gente deve ser levada do jeito do rio.  
Deixar que corra como deve correr. Sem apressar e sem represar. Sem ter medo da calmaria e sem evitar as cachoeiras. Correr do jeito do rio, na liberdade do leito da vida, sabendo que há um ponto de chegada.  
A vida é como o rio. Por que apressar? Por que correr se não há necessidade? Por que empurrar a vida? Por que chegar antes de se partir?  
Toda natureza não tem pressa.
Vai seguindo seu caminho.
Assim também é a árvore, assim são os animais. Tudo o que é apressado perde o gosto e o sentido. A fruta forçada a amadurecer antes do tempo perde o gosto.  
Tudo tem seu ritmo. Tudo tem seu tempo. E então, por que apressar a vida da gente?  
Desejo ser um rio. Livre dos empurrões dos outros e dos meus próprios. Livre da poluição alheias e das minhas.  
Rio original, limpo e livre. Rio que escolheu seu próprio caminho. Rio que sabe que tem um ponto de chegada.  
Sabe que o tempo não interessa. Não interessa ter nascido a mil ou a um quilômetro do mar. Importante é chegar ao mar. Importante é dizer "cheguei".  
E porque cheguei, estou realizado. A gente deveria dizer: não apresse o rio, ele anda sozinho. Assim deve-se dizer a si mesmo e aos outros: não apresse a vida, ela anda sozinha  
Deixe-a seguir seu caminho normal. Interessa saber que há um ponto de chegada e saber que se vai chegar lá.
(Barry Stevens)