sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Tempo de Crescer - Um feliz 2011


Um final de ano um pouco complicado para mim, mas não menos esperançoso. Ontem conversava com uma amiga querida e comentei sobre o quanto a energia que fica no ar nos últimos dias do ano é algo que contagia mesmo.

Não sei se é apenas impressão mas sempre me valho dessa "mudança" que parece que acontece naturalmente em nossas vidas. Uma energia boa com gosto de "vamos em frente que tem muita coisa vindo aí.."

Claro que ao longo de todos esses anos tenho aprendido que nada muda no último dia do ano ou em qualquer outro que seja se não mudarmos nossa maneira de agir e pensar em determinados aspectos da vida.

Esse ano que se encerra hoje me trouxe momentos excelentes, pessoas extraordinárias, conquistas profissionais, pessoais e familiares, conversas interessantes e uma nova forma de agir perante as pessoas.

Vou tomar isso como exemplo e segurar a barra que tem sido os últimos meses desse ano de 2010.

Agora é partir para a ação com vontade genuína de chegar nos lugares que sempre quis , mas que por algum motivo sempre adiei.

Quero fazer por merecer um bom ano. Desejo que todos possamos fazer o mesmo....

Uma receita do Carlos Drummond de Andrade para nos fazer lembrar que precisamos merecer aquilo que queremos nessa época: Um Bom Ano!

"Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,

novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?).

Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."

Um comentário:

Anônimo disse...

Feliz ano novo e que conquiste o dobro!