sexta-feira, 2 de julho de 2010

Chorei com "Patrik 1,5".


Fui ao Espaço Unibanco de Cinema na Av. Augusta nesta última quarta-feira para assitir ao longa sueco Patrik 1,5 , novo trabalho da diretora Ella Lemhagen.

O longa conquistou o prêmio de Melhor Filme (Prêmio de Público) no San Francisco International Gay & Lesbian Film Festival .

A estória conta o drama de Göran (Gustaf Skarsgård), um médico e que tem o sonho de ser pai. Seu marido Sven (Torkel Petersson), pouco sensível, e alcoólatra no passado, teve um casamento heterossexual e tem uma filha adolescente. Este é o casal de personalidades diferentes que se candidata a adotar uma criança em uma pequena e conservadora cidade sueca. Ao receber um comunicado de que foram aprovados para adotar uma criança, começam a decorar o quarto do filho com muito cuidado. Porém, por um erro de digitação do Serviço Social, que colocou uma vírgula no lugar errado, o filho deles é Patrik (Thomas Ljungman), um adolescente de 15 anos, homofóbico, órfão e com um passado criminal.

Confesso que por mais previsível que a estória seja em alguns momentos, fui tomado por uma paixão quase que instântanea pelos personagens.

Conforme o drama se desenrola na vida daquele casal, o tom humorístico permeia algumas situações provocadas em parte pelo conflito com os vizinhos conservadores.

Mas o que me deixou mais entusiasmado com o longa foi a dificuldade que tive em conter as lágrimas do meio para o final da trama. Chorei mesmo, um choro com misto de alegria e revolta por imaginar que um mundo melhor ainda está complicado de ser formar.

Acredito que dois fatores contribuiram muito para minha emoção: A forma como é mostrado que o amor acima de qualquer outra coisa consegue sim, mudar as pessoas e suas convicções e em segundo lugar minha indignação em lembrar que o ódio que algumas pessoas sentem em relação a felicidade dos outros, prejudica e muito a formação de uma sociedade justa e digna.

Se você puder parar e pensar por alguns momentos que o modo como a outra pessoa leva a vida dela,não lhe diz respeito em absoluto, já trará um benefício enorme para si e para outros.

Se é difícil para você aceitar que alguns gays conseguem ser mais felizes do que a maioria das pessoas simplesmente porque eles decidiram encarar a vida de frente, repense suas atitudes e vá cuidar de sua própria vida e pare de usar Deus, Alá, Buda ou qualquer coisa que o valhe para expressar seu incômodo com o modo de vida do outro.

Se puder assistir Patrik 1,5 e procurar entender a mensagem transmitida será de grande valia.


Nenhum comentário: