sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Maré, nossa história de amor


Hoje foi um dia incomum....trabalhei feito gente grande,uma correria,mil coisas ao mesmo tempo...mas foi ótimo. Um pouco de agitação ajuda a manter o pique.

A surpresa desta quinta feira foi ter ido ao MASP assistir um dos filmes na Mostra Internacional de Cinema. Consegui ainda encontrar a Cau que estava em uma reunião ali perto e me acompanhou para ver "Maré,nossa história de amor" de Lucia Murat.


Confesso que quando passou nos cinemas eu queria ter visto,mas não connsegui.Ficou curtíssimo tempo em cartaz,o que geralmente não é bom sinal.E a crítica também não foi tão favorável...mas como aprendi a não dar tanto ouvido assim aos críticos,resolvi arriscar hoje. E me dei bem...rss


Acho lindo o título do filme. A estória também é interessante, por mais que todos já tenham visto várias versões de Romeu & Julieta, achei válido colocar mais um ponto de vista nessa estória conhecida por todo mundo. Gostei muito das cenas coreografadas, muito lindo trabalho dos atores da comunidade da Maré,favela onde se passa o romance de Jonatan e Analidia. Música,dança, romance, guerra do tráfico,dramas familiares e Marisa Orth num papel dramático fazem do filme uma agradável surpresa, principalmente para quem já estava cansado de ouvir sobre os "favela movies", esse termo inventado para classificar todos os filmes realizados pós-"Cidade de Deus" ambientados em zonas de conflito.


Admirei o trabalho dos dançarinos-atores e a leveza e algumas cenas, como no confrontos de facções rivais no baile funk, substituindo cenas de luta e tiroteios por embates com dança. Ficou uma sensação de fantasia dentro de uma realidade tão cruel. Assim como foi no decorrer do filme,e por mais que seja manjado o final de Romeu & Julieta, me surpreendeu a forma como terminou tudo.....deu até um aperto no coração sabe?


Não consigo imaginar como sobreviver dentro daquela realidade nos morros cariocas...Parece algo tão distante,mesmo sendo em outro estado aqui perto....Bom, nem preciso ir tão longe basta dar uma olhada na periferia paulistana...É difícil entender como as pessoas convivem diariamente com tudo aquilo. Ou apenas sobrevivem né?



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