quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Romance


Ontem a noite ao chegar da terapia, fui com o Gilmar ao Shopping Bourbon assitir ao filme "Romance".

Coloquei aqui um resumo da crítica encontrada no site Cineclik e pontuei com algumas opiniões minhas sobre o filme.

"Este é um pouco diferente dos outros filmes que já fiz", explicou o diretor Guel Arraes na primeira exibição deste longa, ocorrida durante o Festival do Rio. "Aqui, me inspiro nos filmes da Nouvelle Vague e de Domingos Oliveira", continuou.

"Espero não decepcioná-los e chegar à altura destes mestres".O filme acompanha a história de Pedro (Wagner Moura) e Ana (Letícia Sabatella). Ele é diretor e ator teatral; ela é atriz. Os dois se conhecem quando ele faz audições para sua montagem de Tristão e Isolda, uma das mais clássicas e trágicas histórias de amor já feitas. Quando ela é descoberta pelo executivo de TV Danilo (José Wilker, para quem foram reservadas as mais engraçadas frases do filme), ele logo a contrata para fazer novela. Para Pedro, o trabalho é impensável e o relacionamento entre os dois entra em crise.

Não somente afetivo, mas principalmente profissional.

Com ciúmes do sucesso da amada na TV, ele rompe a bem-sucedida parceria nos palcos e na vida. Três anos depois, os dois se reencontram para trabalharem juntos num especial para a TV.

Merecem destaque as atuações de Wagner Moura, sempre um ótimo ator e Letícia Sabatella lindíssima e talentosa. Os dois tem uma química perfeita em cena trazendo um encantamento natural para a estória de amor contada.

Além de explorar os meandros, dramas e tragédias do amor, Romance também explora muito bem as relações que os atores têm com a dramaturgia.

Arraes coloca teatro e TV dentro do cinema e resolve discutir, de forma leve, a relação entre os tipos de veículos e como os atores são capazes de lidar com ambos. Com diálogos afiados e divertidos - nesse ponto os destaques são a personagem de Andréa Beltrão e de Vladimir Brichta, impagáveis.

Romance apela bem menos para a comédia do que se poderia esperar de Arraes, mas nem por isso é ruim, pelo contrário. O diretor cumpre o desafio de apresentar um belo filme saindo dos moldes já consagrados junto ao público.

Uma boa surpresa para uma quarta-feira onde fiquei extremamente irritado com o trânsito cada vez pior no centro da cidade. Uma dose de romance sempre cai bem, mesmo que seja do outro lado da tela...

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