quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

3 vezes sozinho


Essa última semana mesmo que meio sem querer, voltei a um dos meus hábitos de adolescência: ir ao cinema sozinho!


E confesso que foi uma sensação gostosa. Adoro a companhia dos amigos para curtir um filme, mas ir sozinho também tem seu valor.

Começou com Sexta feira 13 na quarta e na quinta me empolguei e acabei vendo dois ótimos filmes que estava ansioso por ver desde que estreiaram nos cinemas por aqui, O Casamento de Rachel e O Leitor.

O Casamento de Rachel é um drama dirigido por Jonathan Demme (O Silêncio dos Inocentes) com um tom de filme independente. Com imagens capturadas em digital, é todo filmado com câmera na mão. A trilha sonora vem dos músicos, que ensaiam para o tal do casamento que dá nome ao filme, o que ajuda a contribuir com o clima aparentemente informal do longa-metragem. Aparente porque, debaixo de tantas camadas de trivialidade, O Casamento de Rachel é um trabalho repleto de complexidade dramática.

Kym (Anne Hathaway indicada ao Oscar de Melhor Atriz) é uma jovem que utiliza o sarcasmo para conseguir lidar com as tragédias em sua vida: a mais atual é estar internada numa clínica de recuperação para viciados em drogas. Mas ela consegue uma dispensa no final de semana no qual sua irmã, a Rachel (Rosemarie DeWitt) do título, vai se casar. Kym volta para casa e encontra poucas recepções capazes de fugir da rispidez. Quase ninguém aceita muito bem sua presença e o que temos é uma seqüência de situações complicadas e problemas do passado que voltam à tona com a presença da protagonista no painel familiar.

O Leitor acompanha a estória de Michael (David Kross na juventude e Ralph Fiennes na idade adulta) no momento que em ele relembra aquele que, provavelmente, foi o momento definitivo de sua vida - quando seu amor juvenil, uma mulher mais velha chamada Hanna Schmitz (Kate Winslet ganhadora do Oscar de Melhor Atriz), foi presa e julgada pelos nazistas. O que o jovem verá no tribunal é algo que vai de encontro a tudo aquilo em que ele acredita. O filme é delicado e com um tom certo de drama.


O trabalho de Kate Winslet é excepcional e dá a certeza de sua vitória no Oscar.


Belos filmes, ótimas lembranças e um bom recomeço de um antigo e agradável hábito.


Ir ao cinema sempre me fez bem...

Um comentário:

Alysson Lisboa Neves disse...

Cara! você tem que assistir O Lutador, excelente! muito bom mesmo!
Abraços