sábado, 28 de fevereiro de 2009

Foi apenas um sonho


Encerrando minha semana cinematográfica,vi Foi apenas um sonho logo após assistir Dúvida. Ainda bem que nesses cinemas tem cafeterias ótimas. Dá pra esperar entre um filme e outro com descontração e cercado de gente interessante...

O novo drama de Sam Mendes (Beleza Americana, Estrada para a perdição) desmonta novamente o doce sonho americano, dessa vez nos idílicos anos 50.

O desejo de ter uma casa com gramado na frente, um carro, vizinhança feliz, bom emprego e donas de casa alegres e conformadas dão vazão a angústia e frustração para o casal April (Kate Winslet ganhadora do Globo de Ouro) e Frank (Leonardo Di Caprio).

Ela uma atriz frustrada, ele preso a um emprego burocrático. Eles tem dois filhos mas o amor de outrora deu lugar a um vazio tão grande que nada consegue suprir. Os dois tentam negar o fim da relação a qualquer custo e chegam a providenciar uma viagem à Paris certos de que tudo estará resolvido quando estiverem longe daquela vida medíocre.

Mas a realidade fará questão de colocá-los com os pés no chão e nada será tão fácil.

E entre enganos, agressões verbais, traições e acusações mútuas tudo se dilui.

O diretor Sam Mendes construiu uma obra sobre como sonhar em excesso pode atrapalhar o cotidiano e negar a própria realidade é negar a si próprio.

Para o casal Weller a verdade vem através de um terceiro personagem John (Michael Shannon indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante) cuja deficiência mental fará com que jogue todas as verdades na cara do casal que insiste em manter tudo embaixo do tapete.

A dupla Winslet e Di Caprio funciona tão bem em cena como na época de Titanic e nos faz até associar esse filme com o que teria acontecido se Jack e Rose tivessem se casado e constituído família. Pelo que é visto em Foi apenas um sonho, o final reservado em Titanic foi melhor mesmo.

Um comentário:

Anônimo disse...

bom trabalho neste blog.
estranho nao comentarem os que aqui chegam.
nao desista p.f.
GRITOMUDO