quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O verdadeiro Lutador


Prosseguindo com minha epopéia cinematográfica assisti na segunda feira O Lutador.

Mesmo tendo ficado na balada lá no Santa Sara do sábado para o domingo junto com o Gil, o Nuts, o Déh e o Pablo e ido trabalhar direto na loja de minha irmã, na segunda já estava pronto e descansado para me aventurar sozinho nos cinemas.

E novamente fiz escolhas acertadas. Uma delas foi esse O Lutador.

Randy "The Ram" Robinson (Mickey Rourke indicado ao Oscar de Melhor Ator) é um bem-sucedido pugilista nos anos 80 que é impedido de lutar depois de sofrer um ataque cardíaco. Assim, ele consegue um emprego em um restaurante, tenta afastar a solidão com a stripper Cassidy (Marisa Tomei indicada Melhor Atriz Coadjuvante) e tenta se tornar amigo do filha jovem (Evan Rachel Wood) , mas não consegue resistir a vontade de retornar à antiga carreira, mesmo sabendo que isso oferece riscos a sua saúde.

É impossível não ver esse filme como a própria carreira de Mickey Rourke. Um dos grandes talaentos dos anos 80, Rourke fez filmes memoráveis como Vidas sem rumo e Coração Satânico, esse último acredito que foi o ápice de sua trajetória cinematográfica. Até mesmo 9 semanas e meia de amor com todo aquele apelo de filme publicitário teve seu charme.

As escolhas que vieram depois tanto no cinema (entre elas o equívoco de Orquidea Selvagem) e na sua vida pessoal (como a desastrosa cirurgia nas bochechas que desfirou seu rosto) trataram de afundar o estrelato do ator. Juntou-se ainda escandalos sexuais, inclusive aqui no Brasil, drogas e uma decisão estranhíssima de iniciar uma carreira como lutador de boxe. Deu para sentir o drama, né?

O diretor Darren Aronofsky que sabe como ninguém tratar de temas como esse sobre vidas desesperançadas (vide o fortíssimo Requiém para um sonho), soube extrair o melhor desse grande ator que carrega na expressão as marcas que fizeram dele um bravo lutador. Tal e qual seu carismático personagem. Vida longa à Rourke!!!!!!!!

Um comentário:

Alysson Lisboa Neves disse...

Nada como o texto primoroso de um cinéfilo... abs