terça-feira, 24 de março de 2009

Gran Torino - A redenção de Dirty Harry


Para quem conhece ou já ouvir falar sobre a carreira de Clint Eastwood sabe como ele ficou marcado por papéis de durão, sujo ou malvado. O tira Dirty Harry da série de cinema que atravessou os anos 70 e 80 foi o ápice da trajetória desse grande ator.
Os últimos anos nos revelou um diretor de extrema sensibilidade para tratar de temas tão humanos como solidão, família, abandono e superação.
Filmes como As Pontes de Madison, Um Mundo Perfeito, Os Imperdoáveis e Menina de Ouro deixam isso muito claro. E assim chegamos a Gran Torino, filme que assisti ontem com a Cláudia lá no HSBC.

A estória do recém enviuvado Walt Kowalski (Clint Eastwood) parece que vem de encontro a tudo que Clint já fez no cinema com seus papéis de machão. Seu personagem nesse filme não é dos mais agradáveis a primeira vista, afinal ele é ranzina, racista, incapaz de expressar algum sentimento de carinho por quem quer que seja, muito menos por seus dois filhos, noras e netos. Se bem que no decorrer na estória acabei dando razão à ele...
Por morar num bairro ocupado por Hmongs (orientais provenientes da região do Sudeste Asiático) ele se sente mais desconfortável ainda. Mas a situação toda muda quando ele salva o jovem Thao (Bee Vang) das mãos de uma gangue local e aí vem a lição que a vida lhe aplica sobre conviver com pessoas diferentes.
Intolerância, velhice, solidão, valores familiares, amizade e caráter são pontos importantíssimos tocados pelo drama desses personagens tão cuidadosamente criados e interpretados por atores desconhecidos do grande público.
A direção de Eastwood não deixa a peteca cair em nenhum instante mesmo se tratando de um drama.
Destaque para as cenas da intervenção do jovem padre (Christopher Carley) querendo obrigar o incrédulo Walt a confessar e os delicados momentos onde Walt e Thao conversam e aprendem juntos, quase como uma relação de pai e filho. Relação essa que ele não teve com os próprios filhos.
Não há como segurar as lágrimas no final com a belíssima música composta por Eastwood e interpretada por James Cullum.
Saí do cinema feliz por ter assistido um pequeno e belo filme desse brilhante ator e diretor.
Dirty Harry se rendeu às suas culpas....rs


2 comentários:

Anônimo disse...

Se prepara:
daqui a alguns dias vc vai tá entrando no HSBC com cortesias.
Pensa no que tow te dizendo!
.
Mais conhecido q o Silvio Santos.
Oraaaaa . =D
[kkkkk²]

Raí Pereira disse...

Hauahuahauahau...sinceramente, espero que um dia ele me dêem cortesia lá no HSBC mesmo.

Tô lá toda semana e ainda faço divulgação...rss

O cinema lá é show viu? Barato, super bem frequentado por pessoas com algo a dizer, jornalistas,escritores e artistas e numa ótima localização no finalzinho da Av Paulista com a Consolação.

Sem falar que sempre consigo paquerar uns carinhas interessantes por lá.

Como vê motivos não faltam para ir né?

E tem os filmes claro!! Hahuahuahauhuaa